sábado, 16 de maio de 2015

Overdose de Jogatina





Autor do texto: Enzo

Recentemente, aconteceu em minha cidade uma época fora de carnaval ou whatever. Decidi participar do bloco do joystick e chegar ao fim de alguns jogos que eu estava quase terminando. Alguns deles eu estava jogando aos poucos já há alguns anos e a ideia era terminá-los no mesmo dia pra ter uma overdose de jogatina ou algo do tipo. Foi legal ter presença do Branquinho (Geraldo), o guru dos RPGs, que sabe tudo sobre esse gênero e nunca "faz aniversário", mas sim sobe de nível. Como são vários jogos, farei uma análise sucinta de cada um.  



 1) Monster World IV (Genesis)

Este é um jogo legal de RPG/Ação com temática do Oriente Médio, o que influenciou na hora de decidir o que jogar porque essa ambientação é algo diferente do que estou habituado a ver. A parte gráfica não se destaca, mas tem uma "personalidade", um traço que me agrada. Roupas, construções e paisagens são bastante coloridas, o que passa um quê de lúdico e fabuloso. Um dado curioso é que se tem aqui uma protagonista mulher, chamada Asha. Quase sempre, nos jogos antigos, o protagonista é XY, raramente XX. A trilha sonora é mediana e adequada ao enredo, enquanto a jogabilidade flui bem, sem ser espetacular. Houve um trecho com uma espécie de adivinhação ou charada em que eu travei e precisei olhar em detonado pra passar. Tive a impressão de que essa parte não ficou bem explicada, ficou demasiadamente "no ar", mas talvez tenha sido desatenção minha. Nota: 6,5


  
2) Sonic 3 (Genesis)

Gosto do frenesi dos jogos antigos de Sonic e ele está aqui. As fases são variadas e divertidas de se explorar em alta velocidade! Existem alguns acréscimos legais na jogabilidade e o game flui bem. A trilha sonora é ótima e contribui na jogabilidade porque fica mais agradável correr feito doido na fase quando a música empolga. Os gráficos são bem detalhados e bonitos em termos de Genesis. Meu preferido ainda é Sonic 2, mas Sonic 3 tem seu valor e me proporcionou boas horas de diversão. Em resumo, um mais do mesmo que me agrada. Nota: 8,0



3) Maximo: Ghosts for Glory (PS2)

Este game, nitidamente, é uma tentativa de volta aos 16 bits. Mais exatamente, ele parece o "Ghouls and Ghosts do PS2". A parte gráfica é bem limitada, quadrada, mas tem algum charme por ser variada. A trilha sonora é legal e adequada a cada ambiente. Existem numerosos recursos que devem ser aprendidos gradativamente e usados contra os inimigos, que não são bobos. Essa proposta de volta ao passado traz algumas complicações. Por exemplo, sobretudo em algumas fases mais difíceis perto do fim do jogo, é preciso pular com perfeição de uma plataforma a outra. Caso contrário, o marcador do número de vidas muda e a gente costuma voltar lá na ponte que partiu. O último chefe eu achei muito legal. É criada nessa luta uma ambientação sombria bem de acordo com o enredo. De modo geral, Maximo: Ghosts for Glory pode ser uma tortura para jogadores iniciantes, mas vale a pena pela nostalgia que proporciona a velhinhos feito eu. Nota: 7,0



4) Castlevania: Symphony of the Night (PSX)

Os primeiros jogos da série já são legais, mas este game elevou Castlevania a um novo patamar. Ele mistura pancadaria, exploração do castelo e elementos de RPG de maneira deliciosa. A parte gráfica está caprichada e ótima para a época. Por exemplo, o último chefão é muito bem desenhado e é lindamente horrível. Vale mencionar a atuação de vozes, que está mesmo expressiva. As músicas e os efeitos sonoros estão de primeira qualidade. Este game simplesmente reinventou Castlevania e isso não é pouca coisa. Para o jogo ser perfeito, seria interessante vasculhar outros ambientes além do castelo de Drácula. Usando um pouco a imaginação, eu adoraria jogar uma versão estendida e melhorada que, ao mesmo tempo, mantivesse uns 80% da versão original. Isso seria perfeito! Considerando o conjunto da obra, este é um dos melhores jogos do PSX. Nota: 9,0



5) Beyond Oasis (Genesis)

Este é outro bom RPG/Ação com enredo relacionado ao Oriente Médio e sua cultura. É mais comum que os games tenham temática de outras partes do globo, eu mesmo não conheço tantos jogos "das Arábias" e isso chamou minha atenção. Os controles respondem bem e consequentemente fica agradável detonar os inimigos. Nesse aspecto, o jogo lembra um pouco Streets of Rage. Existem variados recursos que devem ser usados com inteligência. Por exemplo, há numerosos indícios não verbais em cada lugar, de modo que o jogador deve ficar atento e concluir sozinho o que fazer. A parte gráfica está acima da média do Genesis. O dragão vermelho com detalhes em azul cospe fogo desesperadamente e passei raiva com ele. Se há um aspecto em que Beyond Oasis deixa a desejar, é a trilha sonora. Em um palavra, achei as músicas chatinhas. Apesar disso, o conjunto da obra é competente. Nota: 7,5


  
6) Shadow Hearts: Covenant (PS2)

Comparando com o primeiro jogo da série, este apresenta gráficos e sistema de batalha melhorados. O enredo é menos sombrio, mais suave, o que agrada a alguns jogadores e desagrada a outros. Inclusive a indicação etária muda de um jogo pro outro. Prefiro o enredo do primeiro Shadow Hearts porque o clima dark foi muito bem desenvolvido. A trilha sonora continua ótima no segundo game da série. Por exemplo, a música da batalha é agradável e torna menos árdua a tarefa de lutar e subir de nível. Aliás, a jogabilidade é destaque positivo. Existem vários recursos e, usando-os bem, a carnificina se torna um momento de pura alegria. Um aspecto interessante é que o jogador visita alguns países como Inglaterra, França, Rússia, Japão e outros, e cada ambiente tem características próprias como arquitetura e vestuário convincentes de acordo com sua história. Nota: 8,0 

Jogatina must go on.

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