domingo, 31 de dezembro de 2017

Diário de um gamer - Final Fantasy VIII


II (31/12/2017)
            O grupo participa de um teste militar na cidade de Dollet, onde está havendo um conflito armado. Essa parte tem bastante ação e um diálogo interessante entre Squall e Seifer, pois fica claro que a relação entre eles é complexa: existe amizade ali, mas o jeito introspectivo de Squall e a atitude dominante de Seifer entram em conflito. O teste em Dollet é bem sucedido e, com isso, Squall, Zell e Selphie tornam-se membros da organização SeeD, espécie de exército mercenário treinado em Balamb Garden. Seifer não é aprovado porque agiu de maneira indisciplinada, desobedecendo às ordens recebidas.
            No baile de formatura, Squall é abordado por uma jovem desconhecida e os dois acabam dançando. Depois da festa, a instrutora Quistis tenta desabafar com Squall sobre um problema pessoal, mas ele se mostra indiferente e diz algo do tipo: “Cada pessoa deve cuidar dos seus próprios problemas”. Quistis fica nitidamente decepcionada porque Squall parece uma pessoa insensível.
            O diretor (headmaster) Cid parabeniza os novos membros da SeeD e logo temos uma nova missão, desta vez na cidade chamada Timber. Durante a viagem de trem, Squall, Zell e Selphie adormecem de maneira repentina e temos contato com uma realidade diferente e enigmática, uma espécie de sonho em que controlamos três personagens até então desconhecidos: Laguna, Kiros e Ward.
            Já em Timber, encontramos a garota que dançou com Squall no baile, descobrimos que seu nome é Rinoa e ela lidera um grupo local que luta pela libertação da cidade. Os membros da SeeD foram contratados para uma missão complicada que se parece com uma cena de filmes de ação como Mission: Impossible.
            Dois aspectos chamam atenção na dinâmica do jogo pela originalidade. Primeiro, temos as GFs (Guardian Forces, criaturas particularmente poderosas) e junção (Junction) que cada personagem pode fazer com elas, o que deve ser bem compreendido para o sucesso nas batalhas. Aliás, a instrutora Quistis explica detalhes sobre isso didaticamente, o que combina com o contexto de uma academia militar. Segundo, ao invés de conseguir dinheiro de monstros derrotados, recebemos uma espécie de salário por sermos membros da organização SeeD.
Guardian Force Ifrit (da mitologia árabe) em ação: https://www.youtube.com/watch?v=oFtMnj5w9_4
            Missão (quase impossível) em Timber:  https://www.youtube.com/watch?v=6kidF5b9DnA

domingo, 17 de dezembro de 2017

Diário de um gamer - Final Fantasy VIII


Geralmente faço um diário quando viajo a algum lugar diferente e desta vez decidi aplicar a ideia ao mundo da jogatina eletrônica. Mais exatamente, pretendo ir comentando aos poucos FFVIII, meu jogo favorito, com o desenrolar da jornada. 

I (17/12/2017)
A introdução mostra um pouco do enredo a ser desenvolvido, com ênfase na relação entre os personagens Squall e Rinoa e no antagonismo entre o primeiro e Seifer. A parte gráfica chama atenção pela qualidade em termos de PSX.
O jogo em si começa na enfermaria daquilo que descobrimos ser uma espécie de academia militar (Balamb Garden ou apenas BG) com várias partes como área de treinamento, sala de aula etc. Temos contato com alguns personagens e suas características: o introspectivo protagonista Squall, a observadora instrutora Quistis, o arrogante Seifer, a visitante Selphie e o ansioso Zell. Passamos por dois testes envolvendo luta real que mostram um pouco da dinâmica em BG e do sistema de batalha. Também temos um contato inicial com Triple Triad, um jogo de cartas com monstros e personagens do universo do jogo. 
O mundo é surpreendentemente vasto para um game de 1999. Há numerosos ambientes em BG, que representa um pequeno ponto no mapa geral. Na cafeteria desse ambiente, uma funcionária comenta sobre a saudade que sente de seu filho ao ver tantos jovens ao redor. Na cidade de Balamb, próxima a BG, uma senhora comenta que aquele é um bom lugar para turismo e seu marido diz que já foi professor e gostaria de conhecer BG. Detalhes assim conferem verossimilhança ao enredo, ou seja, quando personagens (inclusive não-jogáveis, os npcs) expressam seus pensamentos e sentimentos, a trama fictícia parece real.    
            Detalhe linguístico: Seifer chama Zell de “Chicken-wuss”, um insulto que significa “covarde” ou algo assim. No trecho mostrado a seguir, Squall se mostra pouco sociável, sobretudo porque foi ferido por Seifer em um treinamento com “gunblade” (mistura de espada e revólver), o que nos leva ao começo de tudo, na enfermaria; Seifer tem uma atitude dominante com Zell, que fica nervoso; e Quistis tenta desfazer o clima tenso: https://www.youtube.com/watch?v=PDHILlsaXWQ